

Pois é, já lá vão 64 mortos. As chuvas estão a fazer muitos estragos por cá. Desalojados, feridos, mortos. Esta situação anormal, deve-se a coincidência do encontro de duas massas de ar: uma fria vinda do oceano e outra quente, formada no continente. Além disso, ventos intensos soprando do mar aumentaram a humidade das nuvens, que já estavam carregadas. Um sistema de baixa pressão também já causava mau tempo e intensificou as chuvas. Resumindo, o caos.
Nunca vimos chover tanto tempo e com tanta força. Formaram-se pequenos rios por todo o lado, onde quase que poderíamos andar de prancha e sair de casa tornou-se quase impossivel.
Mesmo assim sábado era dia de festa no P12 - Parador Internacional em Jurêrê.

Combinamos com as portuguesas (Mercedes, Joana, Cláudia, Nádia) e uns amigos brasileiros e lá fomos. A festa começava ás 15h e durava até as 22h. Um conceito que em Portugal não existe e que é muito melhor e muito mais saudável. Goza-se muito bem o dia e descansa-se, como é suposto, à noite. Ao chegarmos lá, ficamos boquiabertas com o espaço. Tudo em madeira, com sofás, puffs e toldos brancos e um grande piscina no centro. Tudo isto na beira da praia. Mais parecia que estavamos num daqueles videoclips da MTV filmados em Miami. Só foi pena não podermos gozar de tudo aquilo na totalidade devido ao mau tempo. A musica era boa, hip hop, e o ambiente muito bom. Tivemos a sorte de conhecer, mal chegamos, o organizador das festas e gerente que de imediato nos sentou na sua mesa reservada e nos encheu de champagne (que custava 390 reais a garrafa), frutas e comidas variadas. Um verdadeiro luxo! Sentimo-nos uma princesas num filme de Hollywood.

Tiramos muitas fotografias mas o azar apareceu quando menos esperavamos, pois roubaram-nos a máquina. As fotografias estavam lindas e sinceramente a perda foi mais pelo valor sentimental do que pelo valor material. Ainda causamos por lá o pânico, conseguindo por todos os seguranças e grande parte das pessoas à procura desse "ladrãozeco". Enfim...tristezas à parte a festa continuou com o show da rapper Negra Li, onde dançamos imenso até não podermos mais dos nossos pézinhos. Foi mesmo muito divertido e na próxima festa que será daqui a quinze dias lá estaremos!
Chegamos a casa muito cansadas e encharcadas. Tomamos um banho quente e dormimos.
O dia de domingo foi como se quer. Dormir até tarde, almoçar bem, filmes, violas...e adormecer na esperança que a tempestade cessasse.
Não cessou mas abrandou. O mar ainda se encontrava ressacado da tempestade e com ondas muito fortes e grandes, por isso fomos então para o centro. Um verdadeiro parque de diversões. Mercados e mercadinhos, lojas e lojinhas para todos os gostos e preços. Enquanto por lá passeavamos, não podiamos ignorar as constantes frases e ofertas: "Oi, posso ajudar?", "CD,DVD,DVD,CD", "guarda-chuva automático". Ouvimos estas frases pelo menos umas 50 vezes e escusado será dizer que viemos a repeti-las consecutivamente. Com tantas ofertas, foi impossivel recusar os guarda-chuvas. Depois de muito adiarmos e de muitas molhas, cedemos e compramos um. Não automático mas parece resistente.
Foi uma tarde diferente, e onde deixamos muitas coisas por comprar, porém, havemos de lá voltar!





Como se costuma dizer, depois da tempestade vem a bonança. Hoje foi isso mesmo que aconteceu.
Acordamos com o brilho do sol na janela, mais tarde do que o habitual. Como não estavamos à espera deste feito, tinhamo-nos deixado dormir. Vestimo-nos num ápice e rumamos à Barra da Lagoa.


As ondas estavam razoáveis e água muito quente! O sol estava forte o que nos fez ficar outra vez moreninhas. Almoçamos por lá na padaria de sempre, e pela tarde ficamos a aproveitar o calor. O Saulo também por lá andava a tirar fotografias aos alunos/turistas das escolas de surf. Ainda joguei um futebol com uns australianos muito simpáticos e fizemos uns mini amiguinhos que nos tratavam por "txia": "Txia me empresta sua prancha? Vô surfar muito!". Não resistimos aquelas carinhas de cãezinhos abandonados e deixamo-los brincar um pouco nas ondas. Devia ser a primeira vez que pegavam numa prancha pois andavam completamente à toa, o que nos fez rir sem parar.




No caminho de regresso a casa cruzamo-nos com uma criatura adorável. Um Pequinois amoroso!! Muito meigo e engraçado, ronronava enquanto lhe faziamos festas! Do tamanho de um coelho e muito bem tratado, deu-nos vontade de o levar connosco! Como isso não foi possivel tiramos algumas fotografias a esta coisa linda!

Passamos ainda pelo clássico da Barra: A verdureira do Zeca. Penso que nem precisa de explicações!

Já em casa, enquanto a Teresinha se preparava para a aula de Sushi, recebi um telefonema surpresa do Nuno Jacinto: "Maria? Estou em Florianópolis!!". Nem quis acreditar. Encontramo-nos aqui no centrinho e tratei de o ambientar. Depois de algumas voltas, fomos ter com a Teresinha, a Mercedes e o Sushiman Leo. Qual não a minha surpresa quando por lá entrei e me deparo com elas de Kimono e fita japonesa na cabeça! Estavam lindas!! Com muita pena nossa, não levavamos a máquina, mas na próxima aula não falha! O sushi e o sashimi ficaram deliciosos, comprovados também pelo Jacinto, o João e o professor!
Posto isto, fomos todos juntos jantar a uma pizzaria ao ar livre e seguimos para casa da Mercedes e do João (e dos outros lisboetas da ilha). Por lá ficamos à conversa até há pouco. Vamos agora dormir porque amanhã vamos todos juntos para a praia, isto claro, se o bom tempo se mantiver!
Amanhã vai ser o famoso jantar das perdizes da Rose Marie, que vai juntar as nossas familias e com certeza fazer a festa do Skype! Estamos em ânsias!!
Um beijinho para todos e obrigada pelos comentários que nos alegram o dia!