days go by and we´ll grow stronger

Entre cantorias, surfadas e chuva, lá vai passando o tempo em Floripa.

Acordámos ainda de madrugada com a chuva a bater muito forte na janela. Trovoadas. O dia adivinhava-se negro para os nossos lados. Deixamo-nos ficar na cama, por mais um pouco. Algum tempo depois, dicidimos que era hora de deixar a preguiça de lado e seguir até à praia, ignorando o mau tempo. No entanto, os afazeres por casa eram alguns, e entre limpezas, afinar a viola e conversas com os vizinhos da pousada, o tempo foi passando e quando demos conta, eram já horas de almoço. Ao sair foi-nos proposto pelo dono da pousada, uma surfada de fim de tarde. Óptima ideia, pois assim além de não gastarmos dinheiro no autocarro, poupávamo-nos a todo aquele esforço de entrar no ônibus com as pranchas. Em baixo podem ver a armandilha, em que somos obrigadas a cair todo o santo dia. Imginem ter de passar por lá com toalhas, fatos,mochilas e pranchas, ainda ter de pagar, e isto tudo com o autocarro já em andamento. As dificuldades de equílibrio são muitas, em parte devido à velocidade que estes insistem em não respeitar.

Deixando o surf para depois, fomos almoçar ao restaurante que deveria ter mais portugueses do que brasileiros. O "Querubim" encontra-se bem no centrinho e é muito famoso por ser bom e barato. Nunca lá tinhamos ido, mas já nos tinha sido aconselhado pelos amigos portugueses. Quando lá entramos, detectamos de imediato o sotaque familiar em pelos três mesas. Almoçamos bem, mas convinhamos que o nosso, já habitual, restaurante de comida a peso, é bem melhor. Ainda deu tempo para comprar uns bikinis e estava na hora do surf. Viemos ter à pousada, como combinado e seguimos com o João para a praia da Joaquina.

Ao vestirmos o fato, ou roupa de borracha como é chamado por cá, as nuvens parecíam querer-nos acompanhar. O céu estava de uma cor inexplicável e não tardou a desabar sobre nós. Pouca gente dentro de água e o mar um pouco mexido e díficil. Porém, "valeu a caída"!

Chegamos a casa já de noite, tomamos banho e foi tempo de recebermos visitas. Por cá passaram os amigos da praia, para dizer um "oi" e o Junior que veio tratar de negócios. Veio pedir ajuda à Teresinha para construir um site para o seu novo Surf Camp. A noite já ia longa quando saiu daqui, e o soninho já espreitava. Vestimos os pijamas e adormecemos profundamente.

Hoje, o sol raiava bem cedo. Acordámos surpreendidas, porque as previsões apontavam para um dia cinzento. Apressamo-nos a ir para a praia. Barra da Lagoa. O mar tinha subido bastante e tudo apontava para que estivesse bom. Ao chegarmos, foi tempo de estender a toalha, encontrarmos o Saulo e eu entrar no mar, para que a chuva caísse como se não houvesse amanhã. Surpreendente. Tão depressa faz um sol radiante e calor, como uma chuva do além e frio. Muito estranho. O mar estava mau, o que me fez ficar bastante irritada. Enfim, nada que um bom almoço não cure. Foi por lá mesmo que almoçamos, assistindo ao espectáculo da força da chuva.

Depois disto, regressamos à Lagoa. Seguiu-se um resto de tarde muito caseiro, praticando o violão, vendo um filme e conversando com os vizinhos. Mais tarde, quando a fome apertou, foi tempo de encomendar uma pizza e buscar sushi. O jantar prometia, contudo, o telefonema que recebemos no início deste, fez com que tivessemos que comer à pressa. Íamos ao cinema com um novo grupo de portugueses. Desta vez, de Lisboa. Apanhámos um táxi e seguimos para o Shopping Iguátemi. Durante o jantar deles, deu para nos conhecermos melhor e percebermos que são todos muito simpáticos. Mais raparigas do que rapazes, o que é bom, pois companhia feminina já fazia falta. O filme escolhido foi o "007". Ficamos todas muito desiludidas com o novo James Bond. Nada se compara ao eterno Pierce Brosnan. Mas o filme é bom.

De volta a casa, escrevemo-vos mas, hoje sem fotografias. O tempo não ajudou, no entanto, tem dois videos para avaliarem as aulas de violão!

Um beijinho para todos e até amanhã!