Espírito natalício vs Party time

O Natal está a chegar e Florianópolis decidiu encarnar o verdadeiro espírito natalício e trazer com ele o inverno. Chuvas muito fortes, vento e frio assombraram a ilha nos últimos dois dias. Nas ruas, formaram-se autênticos rios, onde só era possível atravessar de gôndola e tudo ficou deserto. Devido à intensidade da precipitação, só tivemos uma saída: ficar em casa e shopping. Na quarta-feira optamos pela primeira opção, ficando a ver um filme, seguido de uma confraternização de fim de tarde no café cultura. A noite seguiu-se também muito calma, pois na noite seguinte era a inauguração do Pacha de Floripa e queríamos estar bem frescas para a aproveitar.
No entanto, adormecemos na esperança que o mau tempo passasse, e foi com alguma decepção que acordamos com o forte barulho da chuva. Desta feita, e visto que não iríamos ficar em casa outra vez, tentamos sem sucesso chegar não muito molhadas à paragem de autocarro. Beira-Mar Shopping foi o destino escolhido desta vez, era o único que ainda não conhecíamos.

Ao lá chegarmos, fomos de imediato invadidas pela magia do Natal. Anjos, luzes, música, presentes e claro está, o querido Papai Noel. Ficamos estupefactas com a qualidade dos enfeitos da quadra, tudo organizado ao pormenor, como podem ver no video. Pela primeira vez por cá, sentimos que o tão esperado dia 25 está perto.
Depois de uma tarde de compras em que viemos de mãos a abanar, chegamos a casa muito entusiasmadas com a noite que se aproximava. O junior viría-nos buscar as 23h para seguirmos para Jurêrê.

A lua estava bem cheia e a viagem correu de uma forma tranquila e animada. A fila de carros começava na auto-estrada e a segurança era máxima. A polícia militar estava em força assim como os seguranças que estavam plantados em cada metro quadrado. O recinto era enorme, não falando do espaço da discoteca em si. Uma construção gigante e super moderna, decorada com sofisticação como o próprio ambiente o exigia. Autêntico paraíso para os homens. O desfile de mulheres lindas mal começara e nós já nos sentiamos uns patinhos feios. Havia para todos os gostos e feitios. Altas, baixas, loiras, morenas. Todas com uma beleza exuberante e uma aparência bastante cuidada. Vestidos e mini-saias, decotes e costas abertos, lantejoulas e diamantes. Estavamos boquiabertas. A proporção homens/mulheres era de 30% para 70%. Uma autêntica loucura. É claro que as Portuguesinhas também tinham o seu encanto, apesar das calças de ganga e do aspecto jovial e não muito apropriado (pelos vistos) para a ocasião.

A música era boa, e o ambiento óptimo. Estava tudo muito alegre e divertido. Porém havíamos chegado por volta da meia-noite e já eram 5h da manhã, quando chegámos ao nosso limite. A nossa boleia (Junior), estava imparável e não queria de maneira alguma deixar o local. Os nossos pés reclamavam assim como a paciência. Quando pensavamos que tudo estava perdido, eis que acaba a música e as pessoas foram convidadas a sair. Não houve escapatória e finalmente, viemos embora. Fizemos muitos amigos e claro que passamos por situações muito caricatas.

Adormecemos cansadas e acordamos cedo com a boa nova... Estava sol!!!
O verão resolvera voltar à ilha da magia, mesmo que por pouco tempo. Vestimos o bikini e rumamos à praia Mole. Aproveitamos bem o sol e almoçamos por lá. Apesar do calor que se fazia, tivemos que deixar o bem bom. O tempo era escasso pois tinhamos uma camioneta para apanhar.


Destino: Foz do Iguaçu

Com tudo programado e bilhete comprado, eram exactamente 18h quando saímos de casa para apanhar ônibus até à rodoviária. O que não nos lembramos é que hoje era sexta-feira e aquela era a hora de ponta. Um percurso que normalmante é feito em quinze minutos, demorou cinquenta. Fazendo as contas, se a camioneta partia ás 19h, agora imagem o que nos aconteceu...
Sim, foi isso mesmo. Perdemos a camioneta. A ansiedade com que iamos no autocarro despertou as atenções, assim como a correria até à rodoviária. Já não tinhamos mais ar quando lá chegamos. A resposta foi: "partiu à 3minutos...". Ao olharmos uma para outra a vontade de chorar foi muita. Tentamos de tudo. Apanhar a camioneta em andamento, apanhar um táxi até a primeira paragem ou até mesmo enverdar por um percurso alternativo. Nada a fazer, a não ser adiar a viagem para amanhã. Desoladas, voltamos a casa.

Noite mal dormida, aliada a todo este stress, fez com que nem forças tivessemos para sair de casa. Amanhã estaremos com certeza duas horas antes da partida, mesmo porque o dono da pousada, com muita pena nossa e ao ver as nossas carinhas de tristeza, ofereceu-se para nos levar ao local de embarque!

Vamos dormir, ansiosas pelos próximos dias onde iremos conhecer um dos locais nomeados para ser uma das Sete Maravilhas do Mundo. Em breve voltaremos com muitas novidades e fotografias inacreditáveis!

Beijinhos

P.S - Em resposta aos pedidos efectuados, aqui vão algumas fotografias da "nossa aldeia".