A vida é dura mas a praia é mole!

Pois é, a vida para nós não é dura mas a praia também não é mole. Não o é, porque o cansaço com que terminamos um dia de surf é imenso. E estes dois dias que se passaram foram o retrato de isso mesmo. Muita praia, muito sol e muito surf.


Segunda-feira acordamos um pouco mais tarde do que o habitual, devido em parte, ao fim-de-semana agitado. Foi por volta das onze horas que apanhamos o ônibus para a praia da Barra. As previsões apontavam para um bom dia de surf, e foi com isso que nos deparamos quando pisamos a areia. Ondas perfeitas quebravam por toda a praia. Como só fomos as duas, alguém teria que olhar pelas nossas coisas. Enquanto esse alguém não aparecia, fomo-nos revezando. Calhou-me a mim ir primeiro, ficando a Teresinha a fotografar. Bastou apenas alguns minutos sozinha, para fazer um amigo. O nome dele era Saulo e era fotógrafo de Surf. .

Enquanto isso, eu divertia-me como nunca, desde que aqui cheguei. Estava clássico embora com muita gente. As ondas por cá são muito diferentes do que eu estava habituada. Ainda me estou a adaptar, pois são muito rápidas e com força. No entanto, penso que estou cada vez a conhecer melhor o tipo de onda, e a usá-la a meu favor.

Ao achar que a nossa máquina não tinha zoom suficiente, a Teresinha convenceu o simpático fotógrafo a tirar-nos umas fotografias (a pagar claro, mas com desconto). O resultado poderia ter sido melhor em termos de surf, mas como podem ver, valeu a pena!


Seguidamente foi a minha vez de ficar cá fora. A Teresinha saiu-se melhor do que nunca. Aguentou inúmeras vezes em pé e muitas delas imenso tempo. Fez até uma onda de cá de trás, até a areia sempre em pé e cheia de estilo. A posição melhora de dia para dia e o stand up também. Mais umas surfadas e já estará a cortar a onda!

Depois disto fomos almoçar e surfamos novamente. Claro está, que no fim do dia o cansaço apoderou-se de nós e fomos dormir bem cedinho.
Com a esperança que o mar estivesse como o dia anterior, na terça levantamo-nos bastante mais cedo e rumamos à mesma praia. Grande erro, não tinhamos sequer verificado as previsões.

Quando lá chegamos, o vento tinha mudado o que tornara o mar bastante mexido. O dia estava muito bom, encoberto mas abafado.

Após o surf, foi tempo de ligarmos ao Saulo para irmos buscar as fotografias. Já em casa dele, percebemos que ele vivia no paraíso. Uma vista incrível sob a lagoa da conceição. Uma casa pequena mas muito gira. Por lá ficamos um bom bocado a escolher as fotografias. Foi bom, pois a nossa pele já pedia algum descanço do sol. Isto aqui, não é brincadeira. Usamos protector muito alto e a retocar constantemente e mesmo assim, conseguimos apanhar algumas queimaduras solares.

Recebemos um telefonema... um convite para jantar em casa dos Portugueses. Aceitamos claro, e por volta das 21h lá fomos. Um jantar com sabor a Portugal e à comida de casa. Arroz de Frango. Durante o jantar, conhecemo-nos melhor e ficamos a saber algumas curiosidades sobre a magia desta ilha. Contudo, a noite não ficaria por ali. Fomos guiadas por eles até a comunidade Portuguesa em Florianópolis. Ao chegarmos ao famoso ponto de encontro, não queríamos acreditar. Estavam cerca de trinta pessoas, vinte e cinco das quais portuguesas, numa grande casa onde a festa reinava. Violas, cerveja, musica, tudo numa grande alegria. Rapidamente nos conhecemos e acabamos mesmo todos a cantar musicas da autoria de um deles, por sinal, muito engraçadas. Fiquei também muito contente pois descobri que brevemente poderei voltar a tocar viola. Sim, está encostada porque não a sei afinar! Por sorte, esse tal "cantor", sabe muito sobre viola e até já prometeu umas aulas!

Chegamos muito tarde a casa, daí que não deu para vos escrever. O dia de hoje ficará para amanhã.

Um grande beijinho para todos!