sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Uma diferente noção de tempo


Faz hoje exactamente uma semana que aqui estamos, mas para nós pareceu-nos um mês. Com certeza que a vossa noção de uma semana não será a mesma que a nossa. É a chamada Teoria da Relatividade.Teorias à parte, passamos a explicar: já conhecemos tudo isto como a palma das nossas mãos. Desde as variadas linhas de autocarro e suas hipóteses de cruzamento, as muitas trilhas para a praia, aos vendedores de rua que já nos chamam pelo nome, e aos das lojas que até cumprimentamos de beijinho. As portugas...ou as argentinas. Sim, confundem-nos constantemente com argentinas e falam connosco em espanhol. Só hoje, foram cerca de seis pessoas que vieram abordar-nos com um "olá txicas", "que tal muxaxas?"ou mesmo um "que guapas". Sei lá o que devemos ter, que os leva a pensar que somos turistas. Ás vezes bem que tentamos disfarçar, fazendo um ar descontraído e super natural, mas não adianta - topam-nos a léguas.

O dia de ontem foi inteiramente dedicado ao surf. Acordamos bem cedo com o intuito de aproveitar o dia. O tempo incerto bem que nos tentou desmotivar, mas sem sucesso.Seguimos para a praia da galheta, finalmente, com as duas pranchas novas! Era a primeira vez que iríamos surfar com elas. O mar no entanto, não ajudou muito e pregou-nosuma partida. O tamanho e o vento sul que se fazia sentir, deixaram as águas da Galheta bem mexidas. Aventuramo-nos e entramos mar a dentro. A Teresinha contoucom a ajuda preciosa do Juninho, que foi muito querido, em ajudá-la nos primeiros passos. E saíu-se muito bem conseguindo mesmo aguentar algum tempo em pé. Claro que também deu uns valentes mergunhos, mas nada de grave. Já eu, bem que tentei explorar ao máximo as ondas quase inexistentes, visto que a sulada a deixava bem moles e sem força.No entanto, deu para sentir a prancha e perceber que tem potencial. Após a surfada e com muita fome, almoçamos os três num "só peso" muito bom e barato. Tinha uns pastéis à Portuguesa que eram de comer e chorar por mais. Por cá, existem pastéis de tudo e comem-se também por tudo e por nada. É de camarão, queijo, calabresa, frango com catupiry, carne, etc. Uma verdadeira perdição.Da parte da tarde, fomos novamente surfar, mas desta vez só eu. A Teresinha vestiu a pele de camaragirl e ficou a filmar. Fomos para uma praia diferente, a praia da Barra da Lagoa. Lá, o vento sul entra leste o que faz com que o mar esteja liso e perfetinho. Apesar de estar muito pequeno, mas deu para me divertir um bom bocado.Em seguida, lanchamos pelos cafés super concorridos da Lagoa e viemos para casa descansar, pois estávamos completamente esgotadas.O descanso porlongou-se e engatamos até à manhã seguinte.


O sol e o céu azul foram motivo de alegria. Verificamos se o WCT (campeonato mundial de surf, que está a decorrer em Santa Catarina) estava ON e seguímos até à Rodovária (Central de camionetas).Porém, nem tudo era tão simples. Estavamos completamente sem um real. Nem para comer e muito menos para a camioneta que custava 16 reais. Precisavamos urgentemente de trocar euros.Uma vez no centro, fomos tentar o chamado "mercado paralelo". Explicando, nas ruas existem pessoas que compram e vendem euros por um preço supostamente melhor do que o das casa de câmbio. Mesmo assim, nem essas pessoas nos convenceram. O real estava muito baixo e iríamos sair a perder. Resolvemos então, que o melhor sería levantar dinheiro.Em busca de um banco universal, a procura foi difícil. Com muitas ajudas, chegamos ao destino. Mas, para nosso azar, a camioneta para Imbituba, estava lotada. Não queríamos acreditar.A próxima sería quase duas horas depois, ficando depois muitar tarde para voltar.


Tomamos a decisão de adiar a ida ao WCT para domingo ou segunda e regressamos ao nosso habitual almoçona Lagoa. Depois do almoço foi altura de pergarmos nas pranchas e rumar à praia. Já sentadas na entrada do autocarro, foi-nos dito pelo motorista que não poderíamos entrar sem capa na prancha."E agora?". O sol continuava a brilhar e já se sentia o calor. Já fartas dos contratempos de pranchas, ônibus e capas, fomos de imediato à procura de uma protecção para as mesmas.Passado algum tempo, descobrimos as ideais e apressamo-nos a apanhar novamente o autocarro para a praia.






Saímos na praia Mole e deparamo-nos com o seguinte panorama: praia cheia, ninguém na àgua, e o mar ainda mexido. O vento sul é sem dúvida o pior para a ilha.Mas ainda com esperança decidimos ir ver a praia da Galheta. Metro infinitos a pé e com muito peso, chegamos. Mas, o cenário era idêntico, mas ainda com mais uma agravante: a maré completamente cheia.Abancamos nas dunas e por lá ficamos um bom bocado a tentar aproveitar o sol, que teimava agora em desparecer, e a ganhar forças para encarar o caminho de volta.


A hora de ponta nos autocarros e a grande dificuldade em passar com as pranchas, naqueles ferros na entrada onde cabe uma pessoa de cada vez,deixaram-nos de rastos.Pranchas por cima, sacos pelo lado, geramos a confusão no meio da multidão. O que valeu foi a sensação de estarmos finalmente a caminho de casa.


Depois de um merecido descanço, fomos ver de onde vinham tantas buzinas e tanto alarido. Jogava o AVAÍ (clube de futebol local) e estava a vencer. Jantamos numapizzaria simpática e regressamos à base, onde nos encontramos agora. O português que conhecemos no supermercado ficou de nos ligar, mas até agora nada. De qualquermaneira não queríamos fazer nada hoje porque amanhã temos um dia bastanta completo. Sabemos que queríam saber o que é mas isso fica para o próximo capítulo.


Um grande beijinho para todos e obrigada pelos comentários!Temos adorado!

11 comentários:

Anónimo disse...

Olá miúdas! Descobri esta vossa viagem pelo msn. Dei uma olhada no blog e adorei. É bom saber que estão fixes!
bjinhos do...
Vito e Maya :-)
P.S. a Maya está a surfar como nunca :-0 e o Sporting é o máior!

Anónimo disse...

Ói Maria. Que leveza, que frescura neste inverno soturno onde a palavra "crise" nos azucrina a cabeça! Divirtam-se porque quando cá chegarem ela está à v/espera. Quem? A crise, claro! Beijnhos (e aproveitem pois só se tem 20 anos uma vez na vida). Tété.

Anónimo disse...

Estamos a morrer de saudades:os nossos passeos diuros.as tuas brincadeiras,as tuas festinhas.os apertos do nariz.enfim a tua presença... volta depreesa!!!!!!


bjs
tuts e fuinha

Anónimo disse...

Olá meninas,
Temos adorado o vosso dia/dia....Continuem a inundar o blog com as histórias fantasticas que nos contam,para variar sucesso dia a dia,a prancha está linda.....Nos te equeças dos giveways....
Beijos para as meninas Nikita....
P&P
NIKITA PORTUGAL

Anónimo disse...

Ranger Maria,

Mas que grande maluca!!
Isso sim, é uma aventura e pêras!
Vê se aproveitas para dar umas aulas de hidro ai aos brasukinhas! ;)
Beijinhos,
Sara

Anónimo disse...

sim ,estou viva e nem fui atropelada por nenhum autocarro articulado de marcha atras!desculpem a minha falta aqui no vosso blog mas ja sabem que nao sou mto pessoal internet nem digo lol mas ca estou eu!aproveitem ao maximo bébés!estou a ver que andam aí tipo "laranjinha e aceroula"mas nas ruas de floripa.tenho muitas saudades.aqui as coisas continum,estou a trabalhar para que qd chegarem terem muitas novidades ,ahaha!aqui esta tudo na mesma e portugal continua no sitio, o vosso clube é que tem andado a apanhar no côcÔ forte e feio!tem estado uns dias horriveis de frio..tanto frio que até doí o nariz a respirar(pelo menos a mim).a tua prancha é um sonho teresinha!maria,acho que o avo cantigas quer te convidar para fazerem os dois um dueto do "corpo humano"tu tocas e ele canta e dança até cair para o lado.quem me dera aí estar jro.deve tar a ser um galhofa.bem muitos beijos para as duas,maria se vires aí o ze bob ja sabes..da lhe uma filetada e tu teresinha se vires ai o barretinho manda lhe um abraço.beijos da sempre vosso rosinha.

Anónimo disse...

Maria a tua prancha è linda!!!! Ainda consegue ser mais bonita que a de cá!bjs
tuts

Anónimo disse...

Miudas

estamos aqui nos anos do Luisinho e vimos duas betas fixes a armar ao radical... tass!!
sabemos fazer melhor, somos uns tios muito à frente, capazes de fazer rolar essa cena de Floripa ao Rubro.

Sempre on fire Girls! estamos atentos

Os tios PS

benedita disse...

afinal consegui vir aqui deixar vos uma beijoca oh brasucas sensação!!

Não há palavras para descrever como gostava de estar ai c vcs a viver esse dia a dia maravilhoso...

É verdade estive c a catarina rocha q esteve ai a viver ano passado e ela disse me q se vcs precisarem de alguma ajuda para arranjar casa ela tem uns contactos bons e de confiança.

Um beijinho enorme vindo da sibéria, gosto muito de vcs pequeninas fazem uma falta enorme!!!

filipa disse...

Hello!
Gostei particularmente da teoria da relatividade associada a uma diferente noção de tempo!
Sim, de facto muda completamente de pessoa para pessoa e de situação para situação...
Mas a questão podia ser alargada mais ao facto de como encarar a vida!
Perante a pergunta "como está a vida", o portuga típico responde "vai indo...muitas dificuldades... o meu genro está no hospital...etc, etc"... o brasileiro responde "tudo em cima!"
Curtam o brasil meninas!
Cada dia como se não houvesse amanhã!!!
Beijos

Anónimo disse...

Em Floripa brilham duas estrelas.No bilhar foi o que todos viram e no Surf o sucesso è jà garantido.Aqui todos falam, com razão, no virtuosismo de uma prancha cor de rosa...
Continuem a dar pretexto ás boas notícias.
Um grande beijo

 

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